Já lá vão umas semanas que o uso e tenho identificado uns quantos pontos negativos e positivos.

De negativo, começando pelos mais graves…

  • O telemóvel reinicia espontaneamente de tempos a tempos, nas condições mais variadas. Acho curioso é o facto de não pedir o PIN nessas situações, o que quer dizer que é um reiniciar, de alguma forma, “controlado” (mas, em todo o caso, indesejado).
  • Embora a utilização seja geralmente bastante fluída, por vezes (raramente) abranda a ritmos desesperantes. Felizmente não demora mais que 3 ou 4 segundos a voltar à normalidade.
  • Para o tirar de bolsos apertados sem que o teclado abra são precisos alguns contorcionismos.
  • O tempo que demora a disparar uma foto é o suficiente para perder qualquer cena em movimento.
  • Ainda não consegui descobrir se a aplicação do google para aceder ao Gmail usa https ou não, o que pode ser importante se a quiser usar em redes sem fios alheias.
  • Ainda não consegui descobrir um cliente de VPN funcional. A configuração do da nokia é perfeitamente intragável, ao ponto de não ter conseguido nada com ele.
  • Preciso de uma alternativa ao leitor de feeds que vem incluído: trunca o texto dos artigos e usa um tipo de letra demasiado grande. Por exemplo, leio melhor o prt.sc pela página Web, usando a funcionalidade de zoom do navegador, do que através do leitor de feeds.

De positivo…

O putty no N95
Fotografia com o N95

  • Ter internet móvel na faculdade e nos shoppings dá muito jeito. Acho que comprando um teclado bluetooth estou em condições de desistir em definitivo de levar caderno para as aulas de doutoramento (embora tenha que passar a levar o teclado, por isso não se ganha tanto quanto isso… :)
  • Ter o putty no telemóvel tem a sua piada :) embora ainda não lhe tenha arranjado uma verdadeira utilidade. Se conseguir chegar a criar túneis SSH há um mundo de possibilidades que se abre. Até lá, sem uma ligação segura não penso experimentar coisas como VNC.
  • Jogar Day of the Tentacle no telemóvel, via ScummVM, é um espectáculo.
  • O GPS às vezes demora algum tempo a descobrir onde está, mas geralmente consegue isso num tempo razoável. Um truque de que me fui apercebendo é que fixa os satélites bastante mais rápido quando o teclado está aberto (suponho que a antena do GPS deva ficar mais exposta desta forma). É viciante andar a georeferenciar tudo e mais alguma coisa :)
  • O nokia maps está muito bom para algo gratuíto. Ainda experimentei o tomtom mas decididamente não nos damos bem; para mim não conseguiram fazer bem a transição dos ecrãs tácteis para uma interacção pelo teclado, e as funcionalidades estão escondidas em opções de menu com nomes muito pouco óbvios.
  • No início estava de pé atrás com a bateria, mas tem-me aguentado entre dois a três dias, o que é bastante aceitável, tendo em conta os vários relatos de que a bateria não aguenta um dia sequer. É certo, no entanto, que tenho desligado o bluetooth, o 3G e o wi-fi; ligo-os só quando necessário.
  • Estou satisfeito com a qualidade das fotografias. É certo que em condições de pouca luz não ficam nada de fabuloso mas, ainda assim, até ao momento não vi melhores tiradas por telemóveis.
  • As chamadas VoIP têm funcionado melhor que o esperado. O fring funciona e recomenda-se; estou a usá-lo com o VoipBuster. Também há um cliente móvel pelo próprio VoipBuster, mas o funcionamento é um pouco diferente. O fring é um cliente SIP, ou seja, estabelece uma ligação internet-telefone, enquanto o cliente do VoipBuster estabelece ligações telefone-telefone. Esta última abordagem tem a vantagem de só precisar de rede para a comunicação inicial, pedindo uma ligação do número X (tipicamente, o próprio telemóvel) para o número Y; recebemos uma chamada, atendemo-la do nosso lado, e aguardamos que seja atendida no destino. A desvantagem é que são feitas assim duas chamadas, por isso acaba por ficar mais caro, mas se a largura de banda for pouca, é uma boa hipótese.