Os especialistas, uma tira de banda desenhada excelente que conheci há já uns anos (1999?) a partir da mítica “revista” digito.pt, que entretanto desapareceu (como acontece muitas vezes aos bons projectos).
Já lá vão umas semanas que o uso e tenho identificado uns quantos pontos negativos e positivos.
De negativo, começando pelos mais graves…
O telemóvel reinicia espontaneamente de tempos a tempos, nas condições mais variadas. Acho curioso é o facto de não pedir o PIN nessas situações, o que quer dizer que é um reiniciar, de alguma forma, “controlado” (mas, em todo o caso, indesejado).
Embora a utilização seja geralmente bastante fluída, por vezes (raramente) abranda a ritmos desesperantes. Felizmente não demora mais que 3 ou 4 segundos a voltar à normalidade.
Para o tirar de bolsos apertados sem que o teclado abra são precisos alguns contorcionismos.
O tempo que demora a disparar uma foto é o suficiente para perder qualquer cena em movimento.
Ainda não consegui descobrir se a aplicação do google para aceder ao Gmail usa https ou não, o que pode ser importante se a quiser usar em redes sem fios alheias.
Ainda não consegui descobrir um cliente de VPN funcional. A configuração do da nokia é perfeitamente intragável, ao ponto de não ter conseguido nada com ele.
Preciso de uma alternativa ao leitor de feeds que vem incluído: trunca o texto dos artigos e usa um tipo de letra demasiado grande. Por exemplo, leio melhor o prt.sc pela página Web, usando a funcionalidade de zoom do navegador, do que através do leitor de feeds.
De positivo…
Ter internet móvel na faculdade e nos shoppings dá muito jeito. Acho que comprando um teclado bluetooth estou em condições de desistir em definitivo de levar caderno para as aulas de doutoramento (embora tenha que passar a levar o teclado, por isso não se ganha tanto quanto isso… :)
Ter o putty no telemóvel tem a sua piada :) embora ainda não lhe tenha arranjado uma verdadeira utilidade. Se conseguir chegar a criar túneis SSH há um mundo de possibilidades que se abre. Até lá, sem uma ligação segura não penso experimentar coisas como VNC.
O GPS às vezes demora algum tempo a descobrir onde está, mas geralmente consegue isso num tempo razoável. Um truque de que me fui apercebendo é que fixa os satélites bastante mais rápido quando o teclado está aberto (suponho que a antena do GPS deva ficar mais exposta desta forma). É viciante andar a georeferenciar tudo e mais alguma coisa :)
O nokia maps está muito bom para algo gratuíto. Ainda experimentei o tomtom mas decididamente não nos damos bem; para mim não conseguiram fazer bem a transição dos ecrãs tácteis para uma interacção pelo teclado, e as funcionalidades estão escondidas em opções de menu com nomes muito pouco óbvios.
No início estava de pé atrás com a bateria, mas tem-me aguentado entre dois a três dias, o que é bastante aceitável, tendo em conta os vários relatos de que a bateria não aguenta um dia sequer. É certo, no entanto, que tenho desligado o bluetooth, o 3G e o wi-fi; ligo-os só quando necessário.
Estou satisfeito com a qualidade das fotografias. É certo que em condições de pouca luz não ficam nada de fabuloso mas, ainda assim, até ao momento não vi melhores tiradas por telemóveis.
As chamadas VoIP têm funcionado melhor que o esperado. O fring funciona e recomenda-se; estou a usá-lo com o VoipBuster. Também há um cliente móvel pelo próprio VoipBuster, mas o funcionamento é um pouco diferente. O fring é um cliente SIP, ou seja, estabelece uma ligação internet-telefone, enquanto o cliente do VoipBuster estabelece ligações telefone-telefone. Esta última abordagem tem a vantagem de só precisar de rede para a comunicação inicial, pedindo uma ligação do número X (tipicamente, o próprio telemóvel) para o número Y; recebemos uma chamada, atendemo-la do nosso lado, e aguardamos que seja atendida no destino. A desvantagem é que são feitas assim duas chamadas, por isso acaba por ficar mais caro, mas se a largura de banda for pouca, é uma boa hipótese.
Muito se tem passado, e pouco tempo e vontade tem havido para tocar em computadores fora do trabalho, quanto mais escrever para o blog. Mas concretizando…
Estudos académicos, parte 1
O meu mestrado corria bem mas, tendo em atenção o processo de bolonha (toda a entropia que está a causar na organização dos “antigos” mestrados e o facto destes passarem a ficar altamente desvalorizados), comecei a pensar em fazer-lhe um upgrade para doutoramento :) O que isto quer dizer é que me candidatei e fui aceite no PRODEI — Programa Doutoral em Engenharia Informática. Mal posso esperar para começar :)
Estudos académicos, parte 2
O processo de candidatura a uma bolsa de doutoramento é imensamente diverdido (ou então não). No meu caso, trata-se de uma BDE. Estava a ver que os documentos não cabiam todos no envelope; a candidatura seguiu hoje no correio. Para referência futura, o forum da ABIC é uma excelente fonte de informação.
Trabalho
Muito. Férias? Preciso. Urgentes. Felizmente, começam na semana que vem.
Brinquedos
Decidi-me finalmente a comprar um N95. Quando o vi a ser leiloado (novo) decidi tentar a sorte. Veio por 465 €. Tendo em conta que na fnac, por exemplo, seriam 729 €, diria que foi um óptimo negócio :) Inevitavelmente, nos próximos tempos hei-de falar novamente nisto ;)
Há quem comece a reparar que, em relação ao iPhone, nem tudo é perfeito [1][2][3]. Do meu ponto de vista, a grande mais-valia do iPhone é difícil de “medir”: a existência do ecrã multi-touch, que é de facto uma mudança de paradigma em termos de interacção com um dispositivo deste género. É na usabilidade que a Apple costuma acertar em cheio, e este caso não deve ser excepção. No entanto, no que toca a funcionalidades concretas, há por aí muitos telemóveis mais capazes. O aparecimento do iPhone foi uma boa notícia, mas vejo-o mais como um passo numa direcção diferente e por explorar (juntamente com um bilhete de aviso às outras marcas, lembrando o que ainda têm para melhorar), do que propriamente uma “revolução” merecedora de todo o hype em que tem estado imerso desde o momento em que foi anunciado (Janeiro?).
A este respeito, o Rui Carmo escreveu um artigo muito bom, comparando a abordagem da Nokia com a abordagem da Apple. Concordo praticamente com tudo, mas há dois pontos que acho discutíveis:
A necessidade de um ecrã-tactil para se conseguir uma boa interacção – Tenho uma certa tendência de fugir dos ecrãs tácteis. A utilização diária de um dispositivo windows mobile há uns tempos atrás ensinou-me que um ecrã táctil não melhora a interacção tanto quanto seria de esperar, sobretudo para as pessoas que sejam proficientes com um teclado de telemóvel normal. Além disso, constitui um ponto sensível do aparelho, que convém proteger de alguma forma. Protecções essas que são um empecilho quando se precisa de tomar alguma acção inesperadamente, como tomar uma nota.
A organização do acesso às funcionalidades é confusa em Symbian – É certo que já uso Symbian desde que apareceu o 7650, por isso posso não ser a pessoa mais isenta para o afirmar, mas não o considero de utilização difícil. Comparativamente com o iPhone, no entanto, pode ser que isto não seja verdade, mas apenas porque as funcionalidades disponíveis no iPhone são muito mais limitadas que noutros telemóveis ;)
Tudo pesado, o Symbian como sistema operativo tem os seus defeitos, mas diria que é o mais versátil que por aí existe. É usado numa série de diferentes modelos e marcas de telemóvel, e existem uma serie de ferramentas de desenvolvimento disponíveis. Acho que se deve a isso a variedade de software disponível, talvez só comparável com a que existe para windows mobile.
Actualização: Esqueçam o meu comentários sobre o ecrã táctil. De alguma forma consegui ler ao contrário o que o Rui escreveu a esse respeito :S
A novidade já tem alguns dias, mas ainda é digna de nota, a última actualização ao software do N800 inclui agora o Skype. São boas notícias para quem costuma ter uma ligação wi-fi sempre à mão.
O N95 é que infelizmente nunca mais desce para preços decentes… O N80 por seu lado, dei com ele a 200 € na Vodafone, o que é bastante tentador…
Estive ontem na takeoff, em Coimbra. Três apresentações que achei ao mais alto nível:
Gonçalo Quadros, co-fundador da Critical Software, apresentou “Da ideia à empresa”, uma visão sobre o percurso da Critical desde a sua criação até aos dias de hoje.
Frederico Oliveira, fundador da WeBreakStuff, falou também dos desafios que encontrou na criação da sua empresa e de que forma os superou.
Pedro Custódio, desenvolve software para a Web no SAPO e é um dos organizadores da SHiFT, falou de “Co-criatividade - Uma outra forma de inovação”.
O seguinte é um vídeo excelente sobre a evolução da Web e o que significa falar de Web 2.0 (obrigado ao Carlos por mo mostrar). Recomendo-o a todos que se interessem pelo tema.
Só para dizer que a partir de hoje podem também encontrar-me no Planeta Asterisco.
Trata-se de um agregador de blogs em tormo de ciência, tecnologia e informação. Já o vinha a seguir há algum tempo e concentra um conjunto de bloggers notável (ou deveria eu dizer “interessante”? ;) ).
Alguém interessado em submeter projectos ao 7º programa-quadro de investigação e desenvolvimento da comissão europeia? Nesse caso, pode ser que isto interesse…
Acabo de descobrir que o N95 na amazon.de está disponível para pré-encomenda, a um deprimente preço de 709€. Também já me tinha constado noutros sítios que poderia sair a 650€ na europa.
Isto para dizer que quer um como outro são um pouco mais altos do que estava a contar :\.
Relativamente ainda à comparação de preços do meu último artigo sobre este assunto, provavelmente não será a mais justa. O iPhone a este preço só vai estar disponível com um contrato de permanência na Cingular (julgo que de 2 anos). O preço do N95 se chegar a ser vendido bloqueado por alguma operadora também deve descer.